Eu usei no título deste post a palavra “daquela” entre aspas justamente porque sempre que se fala de bola de gude, logo vem o saudosismo. Como se jogar gude fosse algo que se brincava há milhares de anos e que simplesmente entrou para o hall das brincadeiras em extinção. Só que não.

Recentemente, eu vi uns meninos numa praça perto de casa brincando de bolinha de gude. Do mesmo jeitinho que eu via nas revistinhas da Turma da Mônica ou nos desenhos. Resolvi testar deixar bolinhas de gudes assim, sem compromisso “perdida” na sala.

Viciante e contagiante

E não é que deu certo? Meu filho mais velho, de 9 anos, que tinha as bolas de gude mais como um objeto de colecionador, resolveu me perguntar como jogava. Teve também um incentivo da Cururca, minha filha de 7 anos. Toda animada, ela queria repetir o jogo que tinha visto no gibi.

Sem mais, o tapete da sala (já era noite quando as crianças descobriram o saquinho) virou um campinho de bolinha de gude.

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Meu marido saiu do sofá e foi mostrar para as crianças como é que lançava a bolinha atiradora para bater nas demais.

Aliás, você sabe como jogar bola de gude?

As bolinhas de gude permitem vários jogos. Na maioria deles o objetivo é acertar as bolinhas adversárias para capturá-las. Em geral leva-se o ‘capturar’ ao pé da letra e ficam para sempre com as bolinhas que acertam.

Circulo ou cores

Em uma das versões tradicionais, os participantes desenham um círculo no chão. Cada jogador coloca o mesmo número de bolinhas em qualquer lugar do círculo, reservando uma para ser a atiradora. Alternadamente cada um tenta acertar uma bolinha adversária tirando-a do círculo.

Algumas crianças jogam também com a regra de a bolinha lançada ter que ficar fora da área do círculo, ou o jogador perde a vez. Entretanto, gude é um jogo que permite uma variação enorme de regras.

Em casa, por exemplo, de cara o tapete se transformou em um “tabuleiro” variado. Como ele tem cores diferentes, não desenhamos um círculo. Usamos as próprias cores para formar os campinhos para jogar.

Outra coisa é o jeito de jogar a bolinha. Gente, precisa de uma coordenação e precisão no polegar para lançar a bolinha que não é tão simples! Eu e meu marido precisamos treinar. Meu filho está aprendendo. Enquanto isso, a gente vai jogando como dá rsrsrs.

Vários nomes para uma bola de gude

Se você não é paulista pode conhecer o jogo por um destes outros nomes aqui: Gude, baleba, bila, biloca, bilosca, birosca, bolinha-de-gude, bolita, boleba, bolega, bolita, bugalho, búraca, búlica, búrica, bute, cabiçulinha, clica, firo, fubeca, guelas, nica, peca, peteca ou pinica (FONTE: Site Delas/IG). Mas não importa o nome. O que vale é brincar e manter a bola de gude tão viva como sempre foi.

Então, bóra deixar um saquinho de bolinhas de gude solta por aí para ver o que acontece. Criem suas próprias regras ou usem as que existem. Meu próximo movimento será deixar a bolinha de gude na mochila da escola. Vai que a moda pega, né?

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